domingo, 15 de novembro de 2009

COMO SURGIU A CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL‏






A Congregação Cristã no Brasil, a primeira Igreja Pentecostal na América Latina surgiu em março de 1910, conforme a vontade de Deus, colocando este desejo nos corações de seus Servos, entre os quais Luigi Francescon, um italiano de 44 anos, dirigente de comunidades pentecostais que veio morar em São Paulo, depois de ter vivido algum tempo nos Estados Unidos.

Com o nome de Congregação Cristã esta Igreja está presente nos Estados Unidos, Europa, Japão, toda a América Latina e central, Rússia e Grécia, sempre mantendo a mesma fé.

A Obra cresceu em todo o mundo sendo necessário, por questões doutrinárias uma pequena alteração no nome, em Assembléia Geral Extraordinária para reforma dos estatuto em 21 de abril de 1.962, passando a denominar-se "do" Brasil para "no" Brasil, no caso das Congregações no Brasil

É uma das Igrejas que mais cresce, com o número de dissidentes praticamente nulo.

Organização
A Congregação Cristã no Brasil está baseada nas vocações e ministérios correspondentes aos ensinamentos do livro dos Atos dos Apóstolos. Muda somente a nomenclatura (At. 2:42 e 4::33), apolítica, sem fins lucrativos, tendo por finalidade propagar o Evangelho de Cristo, o amor a Deus, tendo por cabeça só a Jesus Cristo e por guia o Espírito Santo (Jo. 16:13). Os membros que compõem o Ministério, são escolhidos entre os que destacam-se para a função, de conduta ilibada, conhecimentos comprovados, ministros pelo dom da graça de Deus, 1 Timóteo 3:2 Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;

A função de bispo é chamada de “ancião”, aquele que vai de igreja em igreja pregando a doutrina e batizando novos membros, é a pessoa que domina os ensinamentos eclesiásticos e detém profundos conhecimentos nas Escrituras Sagradas, somente sendo ordenado após muita oração e confirmação do Espírito Santo.
Na parte secular há o Ministério da Administração que desenvolvem seus trabalhos com rigor e na parte Espiritual não há governo humano pois só o Divino prevalece

A função do Cooperador, é liderar a igreja local, dirigir os cultos e presidir o conselho.
Os músicos, homens e mulheres, somente são considerados oficializados após submeterem-se e serem aprovados em exames teóricos e práticos, em geral, com maior rigor que os exames praticados na Ordem dos Músicos do Brasil e devem apresentarem-se aos cultos com traje social, sua conduta deve ser exemplar. Não há o costume de "consagrar" o instrumento musical, mas o músico, através da oficialização.

Há também o trabalho dos diáconos e das irmãs da caridade, as esposas dos conselheiros ou mulheres batizadas que participam da igreja local e cuidam do serviço aos pobres da Igreja. Os Diáconos possuem importante papel nas Igrejas, onde compete das assistência às casas de oração, administrando e aplicando as ofertas e coletas voluntárias e anônimas, preparadas por Deus, em geral aplicando-as nas obras pias e viagens missionárias, são pessoas de oração e tudo fazem com a guia da parte de Deus.
Os Anciães formam o Conselho de Anciães e juntamente com os Diáconos, são ordenados e os Cooperadores são apresentados, conforme deliberação do Conselho de Anciães, segundo a guia de Deus pela revelação do Espírito Santo, dentre os membros que apresentarem as virtudes consignadas no Santo Evangelho (I Tm. 3:1-13; At. 6:6; Tito 1:5-10; I Pe. 5:2,3)

É uma comunidade religiosa de doutrina apostólica, fundamentada na Bíblia Sagrada, não há hierarquia, entretanto, é respeitada a Antigüidade no Ministério.

Fundamentação Doutrinária
É constituída por uma comunidade que aceita toda a Bíblia Sagrada, na qual está contida a infalível Palavra de Deus. A Fé propagada consiste em magnificar sempre mais a celeste vocação, em cada um dos membros e reter a liberdade que Cristo Jesus Nosso Senhor nos franqueou com a Sua morte e ressurreição, para que Ele possa imperar com a Divina Graça nos corações dos remidos pelo Sangue do Concerto Eterno e guiá-los pelo Espírito Santo em toda a verdade, em honra, louvor e Glória a Deus Pai, O eternamente Bendito.
Não é cobrado dízimo dos fiéis.
O corpo ministerial espiritual são compostos por Anciães, Cooperadores e Diáconos; Ministério da Música e os demais que complementam o ministério são os administradores, conselheiros e todos são considerados ovelhas e Jesus Cristo, o Pastor. Esta escolha trata-se da doutrina na Igreja revelada pelo Espírito Santo aos servos de Deus, no início da Obra e não despreza as demais denominações que optaram os Ministérios de Pastores, Bispos, Presbíteros e Apóstolos. Efésios 6:12 porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
O Ministério
Os Músicos, Cooperadores, Diáconos e Anciães não ganham salários da igreja, antes cooperam com ofertas voluntárias e anônimas , assim como todos os fiéis, para pagar as despesas e para obra da piedade, onde os Diáconos são guiados por Deus para atenderem aos irmãos menos favorecidos. Conforme a necessidade, também são atendidos pessoas não pertencente a Congregação.
As mulheres apresenta-se com moderação, dentro dos costumes e cultura do país, Para as construções dos Templos, os irmãos reúnem-se em mutirão, desde o Engenheiro ao Servente, também sendo uma das características das Congregações Cristãs em todo o mundo.
Nos cultos as mulheres usam véu como está escrito na carta aos Coríntios 11.
Se crê no batismo da "promessa do Espírito Santo". Se crê em milagres alcançados pela fé. A religião se faz presente em toda sua vida.
Não se usa fazer divulgação em praças públicas, rádio ou outros meios de comunicação.
Esta página é mantida por simpatizantes da Congregação.
As pessoas são convidadas a freqüentarem os cultos nas Igrejas e nas casas dos Irmãos, sem entretanto haver apelos, sempre deixando o convidado com toda a liberdade e fazem seu próprio testemunho para evangelização.
O ministério reúne-se pelo menos duas vezes ao ano, por região, por estado e nacionalmente. É costume haver várias caravanas entre cidades e missões, cada vez mais estreitando os laços de união desse povo de oração, por vezes incompreendidos por outras denominações, já que não costumam visitarem outras igrejas, sem entretanto menospreza-las. Dessa união faz da Congregação Cristã a que maior números de membros detém no Brasil, sempre na mesma fé e doutrina, sem fragmentações ou ministérios anexos.

Ritos
Reuniões de cultos – Nas reuniões de cultos, não é de costume bater palmas.
Culto, Hinos solenes, contrição, são bem entoados e escolhidos pelos membros da Igreja. Há um longo tempo para oração com liberdade para falarem em línguas conforme o Espírito Santo conduzir, tocam-se instrumentos musicais, formando um orquestra. Os homens e as mulheres devem se apresentarem com trajes adequados a ocasião.

No culto da Congregação Cristã no Brasil, há duas manifestações discursivas principais: a dos fiéis (nos testemunhos) e a do Ancião, Cooperador ou a quem for revelado (na pregação).

Esse trabalho é, fundamentalmente, o estudo dessas manifestações - "discurso do fiel em testemunho" e "pregação do Ancião, ou do Cooperador, ou do Diácono, ou do membro com o Ministério da Palavra" as quais, em conjunto com todas as outras manifestações lingüísticas do ritual, constituem a liturgia. No final do culto, saúdam uns aos outros com o ósculo santo, um beijo no rosto de homem para homem e mulher para mulher.
Durante o culto as mulheres ficam sentadas num lado, ocupando a metade da igreja e os homens, a outra metade.
Louvam a Deus nos cultos com instrumentos musicais que formam uma verdadeira orquestra. E os hinos são pedidos espontaneamente pelos participantes do culto à mercê da inspiração do Espírito Santo.

Durante o culto, há oração em línguas e Deus opera muitos milagres.

Batismo – Por imersão.

Funeral – Possuem cantos apropriados.

Ósculo Santo – é uma das principais características da Congregação Cristã . Cumpre uma recomendação do apóstolo Paulo. No final do culto os homens se beijam no rosto e as mulheres também. Num espírito de muito respeito e fé, os congregados não se misturam.
Santa Ceia
Celebram em datas especiais a Santa Ceia, quando realizam um culto ainda mais sacro. É a lembrança da morte de Cristo na cruz. Nesses dias os músicos são orientados a tocar mais lento e mais piano, e os membros a entoar os hinos com menos intensidade. Lucas 22:19 E, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim.
20 Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós.



RELATO DA OBRA DE DEUS NO SEU INÍCIO EM SÃO PAULO, RELATADO PELO FILHO GERMILIO PAVAN DO ANCIÃO FELIPE PAVAN A PEDIDO DA FAMÍLIA SPINA (FRANCISCO SPINA) - NO ANO DE 1970

Em 1910 na Rua Alfandiga nº 64 antigo nº 4 havia na época uma Igreja Presbiteriana e quem o dirigia era o Pastor CARVALHOSA e congregava no meio deste povo o irmão ERNESTO que morava na Rua Piratininga, num curtiso e na frente desta casa tinha um salão de Barbeiro e indo ali o Irmão LUIS FRANSCISCONI perguntou para este barbeiro se morava algum crente por ali, ai ele ficou conhecendo o irmão ERNESTO e levou o irmão LUIS FRANCISCONI na casa do Irmão FELIPE PAVAN como era a tarde só encontrou a sua esposa Irmã Angela e o seu filho GERMILIO PAVAN e o JOÃO FINOTTI que tinha na época 12 anos e o Senhor deu de o Irmão LUIS FRANCISCONI falar das coisas de DEUS e ela pediu para voltar a noite para também falar para o seu esposo estas boas novas de Salvação, o irmão LUIS FRANCISCONI voltou a noite, isto se deu em 25 de junho de 1910 e DEUS abriu o coração do irmão FELIPE PAVAN sendo ele Presbítero da Igreja deu toda a Liberdade para Presidir e falar ao povo as boas novas de Salvação, nesse tempo o Irmão FELIPE PAVAN trabalhava na Serraria UNIÃO no Campos Eliseus, depois de uma semana por causa do Pastor CARVALHOSA o Irmão FELIPE PAVAN não deu mais liberdade no culto para o Irmão LUIS FRANCISCONI então DEUS abriu o coração dos tios do Irmão FINOTTI (SANTO PONTALTI e ISABELA) abrindo a sua casa para o Irmão LUIS FRANCISCONI fazer culto ali. Mas acontece que de madrugada DEUS deu uma Revelação para o Irmão FELIPE PAVAN que um anjo apareceu dizendo a ele que o Irmão LUIS FRANSCISCONI era um servo de DEUS que mandou no Brasil e no meio deles para ser esclarecida toda a Verdade de DEUS e então logo no outro dia foi procurar o Irmão LUIS FRANCISCONI e pedir perdão para ele porque ele tinha sido seduzido pelo pastor CARVALHOSA.
Então a Igreja Presbiteriana ficou sabendo do ocorrido e levou todos os bancos e o órgão da igreja embora, ficando o salão vazio, mas como o Irmão FELIPE PAVAN trabalhava na Serraria trouxe as madeiras e fizeram os bancos sem encosto. E começou os cultos ali três vezes por semana e os outros dias nas casas dos irmãos.
No Domingo a tarde faziam o culto na Praça Antônio Prado ou Jardim da Luz e na Água Branca (perto da Vidraria) e Lapa.
Na Água Branca é que ficaram conhecendo as Famílias MAZZEI, PERUCHI E PIRO.
Passados mais ou menos 2 meses que estavam congregando houve ao primeiro BATISMO que foi feito na PONTE GRANDE no rio pelo Irmão LUIS FRANCISCONI onde obedeceram o FELIPE PAVAN E SUA ESPOSA ANGELA BRAGA PAVAN E SEUS FILHOS GERMILIO PAVAN E PAULO PAVAN, ERNESTO, ESTERINA FINOTTI E SEU FILHO JOÃO FINOTTI E OS SEUS TIOS SANTO PONTALTI E ISABELA PONTALTI.
Logo depois de alguns dias foram ungidos para o ministério de ANCIÃO os Irmãos FELIPE PAVAN E ERNESTO então depois de mais alguns dias o Irmão LUIS FRANCISCONI foi de navio embora para os EE.UU ficando no BRASIL na primeira vez mais ou menos três meses.
Passando um pouco de tempo que estavam congregando, satanás querendo dividir a OBRA DE DEUS começou a entrar com Profecias falsas e dividiu o povo e os servos.
Um grupo congregava com o Irmão ERNESTO e o outro grupo com o Irmão FELIPE PAVAN, mas DEUS mandou dos EE.UU o Irmão AGUSTINHO LANCHONE que ficou hospedado na casa do Irmão FELIPE PAVAN por mais ou menos seis meses e DEUS usando do seu servo uniu o Povo e os servos e houve reconciliação com todos e a OBRA DE DEUS ficou em Paz e Satanás ficou envergonhado. O Irmão AGUSTINHO com a madeira que o Irmão FELIPE PAVAN trazia da Serraria fazia gaiola para arrumar dinheiro para congregar. Isto em 1911 mais ou menos foi também ungido para o Ministério de Ancião o Irmão GENARIO OU GENUARIO.
O segundo Batismo foi feito num rio perto da vidraria Santa Marina Água Branca pelo Irmão GENÁRIO Batizou os Irmãos ANTONIO MAZZEI, E A ESPOSA MARIA FRANCISCA FÁZIA MAZZEI E OS SEUS FILHOS FRANCISCO MAZZEI E GENARINO MAZZEI o pessoal da vidraria quando estavam fazendo o Batismo queria atirar pedras nos irmãos e no meio destes tinha muitos franceses e DEUS tomou a boca do Irmão GENÁRIO e falou DEUS com eles em FRANCES dizendo que se eles atirassem pedra nos irmãos DEUS mandaria fogo do Céu e entrou neles um grande medo e depois que terminou o batismo vieram falar com o Irmão GENÁRIO e perguntaram se ele sabia falar em Francês e ele falou que não e nem sabia o que tinha saído da sua boca.
O Irmão FELIPE PAVAN e toda a sua família foram despejados da casa da Rua Alfandiga nº 64 mais ou menos em fevereiro ou março de 1915, ele tinha comprado a casa junto com o seu irmão carnal MATEUS BATISTA PAVAN e este não sendo crente fez assinar diversos papeis e vendeu a casa e sumiu que até hoje nunca se teve notícias dele e nem se sabe para quem vendeu, quem abrigou o Irmão FELIPE PAVAN com a sua família foi o Irmão CAETANO D´ANGELO por uns 15 dias e a congregação na Rua Anhaia esquina da Rua Tenente Pena n.º
Depois DEUS preparou de ir morar na casa do IRMÃO SPINA indo com toda a sua família e a Congregação na Rua da Graça
Ficando a OBRA DE DEUS NA RUA DA GRAÇA depois mudou se o Irmão FELIPE PAVAN, para a Rua Tenente Pena n.º (não sabemos) onde ali DEUS se compraseu e o RECOLHER.
Trabalhava ele na Serraria UNIÃO no Campos Elisios em frente a igreja do Coração de Jesus, uma taboa escapou da serra e bateu em seu estômago com essa batida não podia se alimentar e depois de dois meses DEUS O RECOLHEU marcando para ele a hora e o dia em que DEUS o viria buscar.
Foi entre 12:00 a 13:00 horas do dia 5 de julho de 1918 e isto tudo se cumpriu como DEUS o tinha mostrado.
Num dia em que o Irmão Felipe junto com o Irmão Cooperador GEREMIAS foram congregar na V. Prudente na volta um grupo de pessoas pararam o bonde e tinha ali muita irmandade bateram em vários Irmãos e o Irmão FELIPE PAVAN ficou na cama por três dias ai o Irmão LUIS veio o visitar e orou a DEUS por ele e DEUS o libertou passado quinze dias DEUS destruiu todos aqueles que tinham batido nos servos de DEUS esse grupo foi mandado pelo Padre FAUSTINO do convento do Ipiranga.
Isto tudo o que foi escrito, foi relatado pelo Irmão GERMILIO PAVAN e escrito pelo seu neto Irmão na Fé JOSÉ CARLOS PAVAN.



A SENTENÇA DE CRISTO

"Cópia autêntica da Peça do Processo existente no Museu da Espanha"
No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo o mundo, Monarca invencível na Olimpíada Cento e vinte e um, e na Ilíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênito do Império Romano, no ano setenta e três, e na Libertação do Cativeiro da Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia QUINTO SÉRGIO; sob regimento e Governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS; regente na Baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS; pontífice do sumo sacerdote CAIFÁS; magnos do Templo, ALIS ALMEL, ROBAS ACASEL, FRANCHIMO CENTAURO; cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME e SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente – Eu PÔNCIO PILATOS, aqui presidente do IMPÉRIO ROMANO, dentro do Palácio e arqui-residência. Julgo, condeno e sentencio à morte JESUS, chamado pela plebe CRISTO NAZARENO – e galileu da nação, homem sedioso, contra a lei mosaica – contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR.
Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajuntando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se filho de DEUS e REI DE ISRAEL, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do Sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém.
Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e coroado com alguns espinhos, com a própria cruz aos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao monte público da justiça, chamado CALVÁRIO, onde, crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores, e que sobre a cruz se ponha em diversas línguas, este título: JESUS NAZARENUS, REX JUDEOURUM (Jesus Nazareno, rei do judeus). Mando também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva temerariamente a impedir a justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob a pena de rebelião contra o Império Romano.
Testemunhas da nossa sentença, pelas doze tribos de Israel: RABAIM, DANIEL, RABAIM, JOAQUI, BANBASU, LARÈ PETUCULANI. Pelos fariseus: BULLIENIEL, SIMEÃO, RANOL, BABBINE MANDOANO, CURFOSSI. Pelo Império Romano e pelo presidente de Roma: LUCIO SEXTILO e AMANCIO CHILICIO.
FINIS.
Bibliografia: ("Manual do Magistrado", Jucid Peixoto do Amaral, Ed. Forense, 4ª ed., 1992.) - (Os Grandes Julgamentos da História, Otto Pierre Editores, in José Geraldo da Silva, Direito Penal Brasileiro, págs. 45 e 46, nota 14).
Se fosse Jesus executado pelo Sinédrio, só o seria no dia seguinte ao da sentença; o direito mosaico mandava espaçar a condenação da execução. Pilatos, porém deu imediata execução à sua sentença impedindo que o réu apelasse a Tibério César, como fez Paulo (Atos 25:11) Pilatos, pelo direito comparado (execução da pena) com duas testemunhas falsas, (culpa jurídica) era o único dos cinco juizes (Anás, Caifás, Sinédrio pleno, Herodes, Pilatos) que tanto podia condená-lo como absolvê-lo.
Os principais erros jurídicos ocorridos neste processo foram:
1) julgamento noturno, contrário às leis hebraica e romana, não dando ao processo publicidade;
2) conflito de jurisdição: 4 juizes no mesmo processo;
3) falta de autoridade de Anás só, para interrogar Jesus, fora do Sinédrio;
4) Herodes, em Jerusalém, não tem jurisdição sobre Jesus - só na Galiléia;
5) testemunhas falsas, aliciadas pelos juizes.

MARÇO DE 1967

HISTÓRICO:A Obra de Deus no Brasil foi iniciada em 1910, e até 1932 não havia orquestras nas congregações; apenas algumas delas possuíam órgão. Em maio desse mesmo ano, Deus fez saber a seu servo, o irmão Louis Francescon, que convocasse uma reunião de anciães, diáconos e alguns jovens, a fim de orarem a Deus e apresentarem a necessidade de um conjunto de instrumentos que auxiliasse a irmandade no canto dos hinos. Desde então, muitos irmãos interessaram-se em estudar música, formando assim as primeiras orquestras. Crescendo cada vez mais o seu número, passou essa parte a integrar-se na Obra de Deus. Consideraram então os Anciães a necessidade de haver um irmão Encarregado da parte musical, tendo Deus apontado para esse encargo o irmão Ancião João Finotti, que além de Ter sido um dos primitivos chamados a esta graça, também era músico.
Como crescesse a Obra de Deus e o irmão João Finotti não pudesse atender a todos exames dos músicos, foram colocados como seu auxiliares os irmãos Miguel Oliva e João Baptista Vano, por ocasião da última viagem de nosso irmão Ancião Louis Francescon ao Brasil, em 1948. Anos após foram colocados mais auxiliares, tanto para este Estado (São Paulo) como para outros.
Ora, havendo o Senhor recolhido para Seu reino o caro irmão Ancião João Finotti no dia 01/10/1966, ficou deliberado em uma das reuniões gerais do Ministério de Anciões, não haver mais Encarregado Geral das Orquestras. Os irmãos que eram Auxiliares do mesmo passarão a ser Encarregados Regionais, sendo que os irmãos Miguel Oliva e João Baptista Vano, como primitivos, atenderão a todas as regiões onde não haja Encarregado Regional. À medida que Deus preparar serão colocados mais Encarregados Regionais.
Fonte: Histórico das Orquestras na Igreja - editado por CCB.

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Este fiel testemunho da obra do nosso Senhor teve início na cidade de Chicago, Illinois e não é para engrandecer aquele que o escreve, porém, para a glória de Deus que opera todas as coisas, segundo o conselho de sua vontade.(Efésios 1:11)



Eu, Louis Francescon, nasci em 29 de março de 1866, na comarca de Cavasso Nuovo, prov. De Udine (Itália) de profissão mosaísta.Vim para a América do Norte, depois de ter cumprido o serviço militar, chegando a 3 de março de 1890.



No mesmo ano, ouvi o evangelho por meio da pregação do irmão Miguel Nardi.Em dezembro de 1891 tive do Senhor a compreensão do novo nascimento.



Em março de 1892, com o grupo evangelizado pelo irmão M. Nardi e algumas famílias da fé “Valdense” foi criada nesta cidade a primeira igreja presbiteriana Italiana, sendo o Sr. Filippo Grilli, pastor.Eu fui eleito um dos três diáconos, e após alguns anos, ancião.



No princípio do ano de 1894, encontrando-me em Cincinate, Ohio, em serviço material, aconteceu que, estando numa noite de joelhos em meu quarto lendo o cap. 2 da carta aos Colossenses, ao chegar no verso 12 ouvi uma voz que me repetiu 2 vezes: ”Tu não obedeceste a este meu mandamento”.Então respondi: ”Senhor jamais alguém me falou neste assunto”.



Em 1 de Janeiro de 1895, casei-me com Rosina Balzano salva também em nosso meio em princípio de 1892.



Como membro da administração da referida igreja, falei do batismo determinado nas escrituras e como o Senhor me ordenou obedece-lo.Todos se manifestaram contra mim, inclusive o pastor, ao qual eu tinha manifestado por carta que o Senhor me havia falado.



No ano de 1898, o Senhor salvou o irmão Giuseppe Beretta por meio dos metodistas livres americanos, o qual após algum tempo, uniu-se conosco, presbiterianos italianos.



Falei-lhe também muitas vezes, do citado batismo, mas no momento não lhe era dado compreender.Em princípio de setembro de 1903 nos encontramos em Elgin, ILL, (no local onde eu e o irmão G. Marin estávamos executando um trabalho), lhe falei novamente em presença deste, da necessidade de obedecer ao mandamento do nosso Senhor.



Então servindo-se Deus de outros meios, convenceu-se e 2 dias após, fez-se batizar mesmo em Elgin, por um irmão americano pertencente à igreja dos irmãos.Na ocasião lhe disse: Irmão Beretta, agora que sois batizado na próxima segunda-feira, dia 7 que é dia do trabalho, batizar-me-ás também.



Como o pastor se encontrava na Itália, competia a mim como ancião, presidir o serviço que se realizava no domingo, dia 6. Assim tive oportunidade de dizer ao povo o que eu sentia em meu coração e lhes falei: Após 9 anos que o Senhor me falou em obedecer ao Seu mandamento, amanhã com a ajuda de Deus, terei a oportunidade de obedecê-lo e se algum de vós quiser assistir venham ao Lake-front, de Chicago, em tal lugar às tantas horas.Vieram cerca de 25, dos quais, 18 obedeceram juntamente comigo.Fomos imersos pelo irmão G. Beretta.



Pouco tempo depois, o pastor (F. Grilli) voltou da Itália e no 1 domingo que nos reunimos, disse-lhe que eu desejava dirigir algumas palavras à irmandade antes de seu sermão, o que me foi concedido.Primeiramente perguntei a todos se eu havia feito alguma coisa errada, que testemunhassem; responderam que nada havia contra mim.Então exortei-os que, se quisessem ser participantes das promessas de Deus, seria necessário obedecê-lo conforme Sua palavra.Em seguida apresentei minha demissão de ancião, secretário e membro daquela igreja.Todos se maravilharam e pediram para que eu não os deixasse e eu lhes respondi que aquela decisão não era por mim premeditada, mas sim ordenada, por Nosso Senhor.



Aconteceu também, que aqueles que comigo obedeceram ao mandamento, quiseram abandonar a igreja, o que não julguei conveniente fazerem, todavia o fizeram.Foi necessário então, que nos reuníssemos em vários lugares pela necessidade dos que não sabiam ler.



Assim a primeira reunião foi em casa do irmão ancião N. Moles, na qual, eu fui eleito ancião.Nessa mesma ocasião, propuz os irmãos G. Beretta, e P. Menconi para dirigirem o serviço uma semana cada um; depois de algumas noites decidiu-se reunir em minha casa.



Em 2 de dezembro de 1903, embarquei para a Itália em visita à minha família.Regressando a Chicago em princípio de maio de 1904, encontrei estes irmãos cheios de si, e em contendas sem fim.Não sabendo como proceder resolvi pedir conselho ao Senhor e Ele respondeu que me separasse deles até que Ele (o Senhor) determinasse unir-me a eles novamente.Isto foi em outubro de 1904, separando-se comigo também as famílias N. Moles, Alberto di Cicco e alguns outros, nos reuníamos de casa em casa nos dias estabelecidos, e todos os domingos partia-se o pão, recordando a morte do Nosso Senhor.



Eis alguns dos preliminares da grande obra que o Senhor fez pelo Espírito Santo, na colônia Italiana.



Em fins de abril, de 1907, o Senhor me fez encontrar com um irmão americano, um dos primeiros a receber a promessa do Espírito Santo, em Los Angeles, no ano de 1906 e, por meio dele soube que na W. North Ave, 943, havia uma missão que anunciava a promessa do Espírito Santo e que o próprio pastor (W.H. Durham) a havia recebido.Na primeira semana freqüentei sozinho aquele serviço e o Senhor me confirmou que aquela era Sua obra.No domingo seguinte me acompanhou o resto do grupo.



No mês de Julho, a minha esposa foi a primeira a ser selada com o dom do Espírito Santo, falando em língua Sueca e a irmã Dora di Cicco foi a segunda falando em língua chinesa.Em 25 de agosto o benigno Senhor se comprazeu selar a mim também.



No dia 14 do mesmo mês, veio também o irmão Giovanni Perrou e perguntei-lhe se conhecia o evangelho e ele respondeu-me haver nascido no evangelho; perguntei-lhe também se tinha em si mesmo testemunha de ser salvo, e ele respondeu-me que não sabia, então o exortei a pedir perdão a Deus de todo o seu coração e depois buscar a promessa do Seu Espírito Santo; ele obedeceu prostrando-se de joelhos e naquele momento, o Benigno Senhor o lavou com Seu Sangue, e também o selou com a promessa do seu Espírito Santo.



Naquele momento se achavam presentes os irmãos G.Marin e A. Lencioni, tendo esse último se manifestado contrário; entretanto vendo como o Senhor operava sobre o irmão G. Perrou, seu conhecido, convenceu-se e buscou também a face do Senhor.



No inesquecível dia 15 de setembro do mesmo ano, na casa de oração da W. Grand Ave, 1139, o Senhor se manifestou no irmão A. Lencioni, e muitos dos presentes julgando que ele não se encontrasse em si, formaram um ambiente confuso por não discernirem a obra de Deus.Dois dos presentes vendo isso, vieram me chamar dizendo que fosse depressa onde eles se encontravam reunidos; antes de sair orei ao senhor que me determinou ir.Ao entrar naquele local, o Senhor me abriu a boca para falar no poder do Sangue do concerto eterno, e que só por Ele se pode permanecer em pé, na presença de Deus e obter as suas fiéis promessas.Imediatamente o Senhor se manifestou com a sua presença, selando os irmãos P. Menconi, A. Andreoni, A. Lencione e outros, e as maravilhas de Nosso Senhor, foram conhecidas e manifestadas a todos quantos vinham vê-las e o senhor convencia e os selava, jovens e velhos, e entre esses os irmãos G. Marin e Umberto Gazzari.



Quando voltei a congregação de W. Grand Ave, o irmão P. Ottolini abria o serviço e P. Menconi presidia.No terceiro serviço que tivemos, sucedeu que enquanto o irmão P. Menconi subia ao púlpito, o irmão P. Ottolini (guiado pelo Espírito Santo) falou em alta voz: “Irmão Menconi, pare; o Senhor me disse que enviou em nosso meio o irmão Louis Francescon para nos exortar”.E o irmão P. Menconi foi confirmado por Deus para ficar sentado no momento, depois também Deus se serviria dele.

E foi assim que, novamente, ocupei o lugar de ancião nessa igreja até 29 de junho de 1908.



Em fins de outubro, o Senhor enviou minha esposa a Los Angeles, Cal., a fim de dar o testemunho da promessa a família do irmão N.Moles, que residia naquela cidade à cerca de um ano antes da manifestação do Espírito Santo, resultando assim que também alguns deles foram selados e então se uniram com os irmãos americanos que ali, habitavam.Nessa ocasião recebemos a visita de alguns irmãos de Hulberton N. Y., que ouviram como o Senhor tinha operado em nosso meio.Após alguns dias foram também selados e voltaram as suas residências com essa confirmação em seus corações.Pouco depois vinha também o irmão G. Beretta que recebeu o dom de Deus.



Em princípios de dezembro o Senhor falou pela minha boca, dizendo: “Eu o Senhor, permaneci no meio de vós e se me obedecerdes e fordes humildes Eu mandarei convosco todos que devem ser salvos. Vos terei unidos por um pouco de tempo a fim de vos preparar, para depois mandar alguns de vós em outros lugares para recolher outras minhas ovelhas.Este é o sinal que vos dou para confirmar que vosso Deus é que vos falou.Este local será pequeno para conter as pessoas que chamarei.”



Logo depois dessas profecias um irmão sentiu-se de comprar mais 60 cadeiras, para juntar às existentes.



No domingo seguinte, todas as cadeiras foram ocupadas permanecendo algumas pessoas em pé.



Em princípios de janeiro de 1908, foi realizado um batismo para estes últimos e cerca de 70 obedeceram ao mandamento do Senhor.Depois o Senhor fez muitas curas milagrosas de doenças crônicas e incuráveis; desses casos citamos aqui 4 nomes: G. Lombardi, P. de Stefano, Lúcia Menna e Fidalma Andreoni.



O Senhor permitiu, entretanto que passássemos duras provas e perseguições, mas não fazíamos caso delas, porque a graça de Deus abundava em nossos corações e as suas promessas eram fiéis.



Em março do ano seguinte o Senhor fez saber a mim e ao irmão G. Lombardi que deixássemos os nossos trabalhos materiais, para nos dedicarmos inteiramente à obra que ele nos havia preparado; ambos nos encontrávamos em má situação financeira e cada um com 6 filhos menores;entretanto não tememos, certos de que o Senhor protegeria nossas famílias.



Essa revelação nos foi confirmada por meio do dom de interpretação de linguagem e isto muito nos consolou, dispondo-nos inteiramente à vontade do nosso Senhor.



Em 4 de setembro, por santa revelação e bem confirmado, embarquei de Chicago para a cidade de Buenos Aires, com o irmão G. Lombardi e Lucia Menna. Após algumas semanas eu e o irmão G. Lombardi fomos convidados pela família Michelangelo Menna, a ir a sua casa em San Cagetano, província de Buenos Aires, onde o Senhor operou das suas maravilhas.Em princípios de janeiro de 1910 voltei com o irmão G. Lombardi na cidade de Buenos Aires, onde foi aberta uma porta para a obra do nosso senhor, e também num subúrbio chamado Tigre.



Em 8 de março de 1910, por determinação do senhor, partimos direto a São Paulo (Brasil).No segundo dia de nossa chegada, divinamente guiados, encontramos no jardim da luz um italiano chamado Vicenzo Pievani (ateu) morador em Sto. Antônio da Platina, Paraná, e lhe falamos da graça de Deus.



Dois dias após, V. Pievani voltou a Sto. Antônio da Platina, e nós permanecemos em São Paulo até 18 de abril, quando então por vontade de Deus, o irmão G. Lombardi, partiu para Buenos Aires e eu para Sto. Antônio da Platina.Chegando aquele lugar, encontrei 2 italianos um dos quais era V. Pievani e o outro Felício A . Mascaro; sendo suas esposas e demais moradores daquele lugar brasileiros e de fé católica romana.



Para ir ao lugar onde o Senhor me ordenara, eu não tinha nenhum endereço a não ser o seguinte: V. Pievani, Sto. Antônio da Platina, Paraná.Havia só uma estrada de ferro que levava ao sul daquele estado, porém, Sto. Antônio da Platina achava-se ao norte e distante mais de 200 Km da estação mais próxima.



Meu coração duvidava em tomar aquela estrada, porém, me senti de ir a estação e consultar o mapa e o Espírito Santo me indicou a tomar a estrada de ferro sorocabana que percorria o estado de São Paulo, passando perto do norte do Paraná e sua última estação era Salto Grande.



Parti de São Paulo às 5:30 h, com uma terrível dor lombar que me impediu tomar alimento durante todo aquele dia.Cheguei a Salto Grande às 23 h e nesse lugar o Senhor me disse ter preparado tudo para mim, a fim de cumprir minha missão; e assim aconteceu, porém faltavam cerca de 70 km a cavalo, atravessando matas virgens infestadas de Jaguarás e outras feras existentes no lugar.Pela graça de Deus fiz esse resto de viagem com um guia indígena, chegando em Sto. Antônio da Platina, em 20 de Abril.



Outra dificuldade que encontrei foi não conhecer uma palavra do idioma português, e achar-me sem dinheiro e doente; Deus, porém, que tem todos os corações em suas mãos, me fez ver a primeira maravilha: ao chegar naquele local, encontrei na janela a esposa do italiano V. Pievanti tendo o senhor lhe dito: “Eis o homem que Eu vos enviei”.(note-se que eu não era lá esperado).Assim fui recebido em sua casa e poucos dias depois, o Senhor comprazeu-se em abrir seus corações e de mais 9 pessoas.Foram batizadas na água 11 pessoas e confirmadas com sinais do Altíssimo.



Estas foram as primícias da grande obra de Deus naquele país.



Logo após o inimigo procurou trabalhar para desfazer aquela obra mas, foi em vão o seu trabalho.



O resto do povo daquele lugar sabendo da minha chegada e da minha missão, juraram matar-me, tendo como chefe um sacerdote.Isto teria sucedido se Deus não interviesse com seus meios.O Senhor me fez saber de permanecer lá até 20 de junho; nessa prova eu estava pronto a me entregar aos inimigos a fim de poupar a vida aos poucos crentes que o senhor havia chamado.Deus é testemunha disso, como também os irmãos que lá vivem.



Parti de Sto. Antônio da Platina, em 20 de junho, com destino a São Paulo.Apenas chegando aquela capital, o Senhor permitiu abrir uma porta resultando que cerca de 20 almas aceitaram a fé e quase todas provaram a divina virtude.Uma parte eram presbiterianos, outra batistas e metodistas e alguns católicos romanos.Alguns foram curados e outros selados com o bendito dom do Espírito santo.



Até agora o Senhor me enviou 9 vezes ao Brasil, e todas as vezes tenho notado maior progresso no meio deles, quer espiritual, quer material.





Eis como o benigno Deus começou a Sua obra.Pelo batismo da água, segundo o mandamento do senhor Jesus, fomos tirados das seitas humanas e de suas teorias; pelo Dom do Espírito Santo ela foi animada e engrandecida, nada mais havendo necessidade de acrescentar, pois os resultados falaram e ainda falam desta maravilhosa obra feita pela potente mão de Deus e só a Ele seja dada toda honra e glória por Jesus Cristo, Bendito em Eterno.



Amém.


Este histórico é dedicado aos membros da C C B que tem curiosidade em saber como foram os primeiros passos de nossos irmãos no começo da C.C. neste pais. Notamos que o Senhor preparou várias situações e colocou sua Unção no coração de homens e mulheres comprometidos com o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. O ano é 1.890 e falamos de Louis Francescon

A Congregação Cristã no Brasil (C C B) iniciou-se no Brasil mediante a Vontade de Deus, colocando no coração de seu Servo, o missionário Luigi Francesconi conforme o original italiano, a missão de seguir para o Brasil. Anteriormente, seguia a doutrina dos Valdenses (seguidores do francês Pedro Valdo [1140-1217], que afirmava que a Bíblia deveria ser lida na língua vernácula, que os padres católicos e os sacramentos eram desnecessários para a salvação, rejeitava a oração aos santos, o purgatório e as missas em favor dos mortos), conforme Francesconi relata, ele passou a professar a crença dos presbiterianos de origem italiana.

Em 1.890 Louis ouviu o evangelho por meio da pregação do irmão Miguel Nardi. Em dezembro de 1891 sentiu do Senhor a compreensão do novo nascimento.
Louis Francescon, nasceu em Cavasso Nuovo, província de Udine, Itália, em 29 de Março de 1866. Ainda jovem, aos 24 anos de idade, após ter cumprido o serviço militar, imigrou-se para os Estados Unidos da América, chegando a Chicago em 03 de março de 1.809 onde teve seu primeiro contato com o evangelho de Cristo através da igreja Valdense. Logo após, fundou com a ajuda de alguns crentes a igreja Presbiteriana Italiana, no entanto seu questionamento sobre o batismo por aspersão não permitiu tão pouco sua permanência nessa denominação, desligando-se dela algum tempo depois. Em 1907 quando florescia nos E.U.A o movimento pentecostal, Francescon tomou conhecimento dele através do pastor batista Willian H. Durham um dos pioneiros do movimento pentecostal sendo batizado no Espírito Santo nesse mesmo ano. Em 1909, Louis Francescon e seu companheiro Giacomo, também pioneiro do movimento pentecostal na Itália, por mandamento divino, chegam a Argentina e posteriormente ao Brasil em 8 de Março de 1910. Tendo começado em São Paulo e no Paraná fundaram de inicio uma igreja com vinte pessoas. Seu campo de pregação se deu inicialmente em Santo Antonio da Platina e São Paulo, Capital, em pouco tempo a Obra de Deus se espalhou depois por todo o território nacional.

A seguir os relatos são de Louis Francescon

Em março de 1892, com o grupo evangelizado pelo irmão M.Nardi e algumas famílias de fé "Valdese" foi criada nesta cidade a primeira Igreja Presbiteriana Italiana, sendo o Snr. Filippo Grilli, Pastor. Eu fui eleito um dos três diáconos e após alguns anos, ancião.
No princípio do ano de 1894, encontrando-me em Cincinati, Ohio, em serviço material, aconteceu que, estando numa noite de joelhos em meu quarto lendo o Cap. 2 da carta aos Colossenses, ao chegar no verso 12 ouvi uma voz que me repetiu por 2 vezes: "Tu não obedeceste a este meu mandamento". Então respondi: "Senhor jamais alguém me falou neste assunto".
Em 1º de janeiro de 1895, casei-me com Rosina Balzano salva também em nosso meio em princípio de 1892.
Como membro da administração da referida Igreja, falei do batismo determinado nas escrituras e como o Senhor mesmo me ordenou obedecê-lo. Todos se manifestaram contra mim, inclusive o Pastor, ao qual eu tinha comunicado por carta na mesma noite que o Senhor me havia falado.
No ano de 1898, o Senhor salvou o irmão Giuseppe Beretta por meio dos Metodistas Livres, Americanos, o qual após algum tempo uniu-se conosco, presbiterianos Italianos.
Falei-lhe também muitas vezes do citado batismo mas, no momento não lhe era dado compreender. Em princípio de setembro de 1903 nos encontramos em Elgin, ILL., (no local onde eu com o irmão G. Marin estávamos executando um trabalho), lhe falei novamente m presença deste, da necessidade em obedecer ao mandamento de nosso Senhor.
Então, servindo-se Deus também de outros meios, convenceu-se e dois dias após fez-se batizar mesmo em Elgin, por um irmão Americano pertencente à Igreja dos irmãos (Church of the Brethren). Na ocasião lhe disse: "Irmãos Beretta, agora que sois batizado, na próxima segunda-feira, dia 7 que é o dia do trabalho, batizar-me-ás também.
Como o Pastor se encontrava na Itália, competia a mim como ancião presidir o serviço que se realizava no Domingo, dia 6. Assim tive oportunidade em dizer ao povo o que eu sentia em meu coração e lhes falei: Após 9 anos que o Senhor me falou em obedecer ao seu mandamento, amanhã, com a ajuda de Deus, terei a oportunidade em obedecê-lo e se algum de vós quiser assistir venham ao (Lake-Front, de Chicago) em tal lugar, às tantas horas. Vieram cerca de 25, dos quais 18 obedeceram juntamente comigo. Fomos imersos pelo irmão G. Beretta.
Pouco tempo depois, o pastor (F. Grilli) voltou da Itália e no primeiro domingo que nos reunimos, disse-lhe eu que desejava dirigir algumas palavras a irmandade antes de seu sermão, o que me foi concedido. Primeiramente perguntei a todos si eu havia feito alguma coisa errada, que testemunhassem; responderam, que nada havia contra mim. Então exortei-os que, si quisessem também ser participantes das promessas de Deus, seria necessário obedecê-lo conforme sua palavra. Em seguida apresentei minha demissão de ancião, secretário e membro daquela igreja. Todos se maravilharam e pediram que não os deixasse e eu lhes respondi que aquela decisão não era por mim premeditada mas sim, ordenada por nosso Senhor.
Aconteceu também, que aqueles que comigo obedeceram ao mandamento, quiseram abandonar a Igreja o que não julguei conveniente fazerem, todavia o fizeram. Foi necessário então que nos reuníssemos em vários lugares, pela necessidade dos que não sabiam ler.
Assim, a primeira reunião foi feita na casa do irmão N. Moles, na qual eu fui eleito ancião. Nessa mesma ocasião propus os irmãos G. Beretta e P. Menconi para dirigirem o serviço uma semana cada um; depois de algumas noites resolveu-se reunir em minha casa.
Em 2 de dezembro de 1903, embarquei para a Itália em visita a minha família. regressando a Chicago em princípio de Maio de 1904, encontrei estes irmãos cheios de si e em contendas sem fim . Não sabendo como proceder, resolvi pedir conselho ao Senhor e Ele respondeu que me separasse deles até que Ele (o Senhor) determinasse unir-me com eles novamente. Isto foi em Outubro de 1904, separando-se comigo também as famílias de N. Moles, Alberto Di Cicco e alguns outros, reuníamo-nos de casa em casa nos dias estabelecidos, e todos os domingos partia-se o pão, recordando a morte de nosso Senhor.
Eis alguns dos preliminares da grande obra que o Senhor fez pelo Espírito Santo, na colônia Italiana.

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