sábado, 15 de outubro de 2011

Atualmente, as nações gentias estão em grande tumulto enquanto clamam cada vez mais pela exterminação da nação e do povo de Israel.











A Bíblia ensina que Deus deu a terra de Israel ao povo judeu. Isso é repetido muitas vezes em toda a Escritura. O ponto de vista de Deus sobre esse assunto é o que, afinal, importa, uma vez que Ele, em algum momento no futuro, realizará Sua vontade. Se Deus diz alguma coisa, ela fica estabelecida; Sua determinação certamente virá a acontecer. Entretanto, é interessante observar que também o Direito Internacional está e sempre esteve ao lado do restabelecimento do moderno Estado de Israel. Além disso, o Direito também dá suporte à afirmação de que Jerusalém pertence aos judeus e que os árabes não têm direito legal de reivindicarem o local mais sagrado do judaísmo.

Jacques Paul Gauthier

O advogado canadense Jacques Paul Gauthier concluiu há algum tempo um projeto no qual trabalhou por vinte anos: esse cristão gentio pesquisou, no Departamento de Ciências Políticas da Faculdade de Direito Internacional da Universidade de Genebra, as questões legais relacionadas à propriedade de Israel e de Jerusalém. A tese de doutorado de Gauthier foi completada em 2007 e se intitula “A Soberania Sobre a Cidade Velha de Jerusalém”.[1]

O Dr. Gauthier demonstrou detalhadamente, em sua tese de mais de 1.200 páginas, a seguinte conclusão:

Após examinarmos os princípios do Direito Internacional relativos à ocupação beligerante, concluímos que Israel tem direito de ocupar os territórios que estão sob seu controle desde 1967, inclusive de Jerusalém Oriental e de sua Cidade Velha, até que um tratado de paz seja concluído.[2]

Como a publicação de Gauthier era uma tese de doutorado, ele teve que documentar meticulosamente cada uma das opiniões ou conclusões com fatos legais e históricos. Se os leitores [a banca examinadora] de sua tese não tivessem concordado com as informações contidas em seu trabalho, eles não teriam aceitado nem aprovado a tese de Gauthier. Isso significa que o trabalho de Gauthier é a opinião com a maior autoridade existente, cobrindo o status internacional da Cidade Velha de Jerusalém e da terra de Israel. Bem, e qual é a argumentação do Dr. Gauthier?

O Papel da Grã-Bretanha

Gauthier observa que a Declaração Balfour, de 2 de novembro de 1917, não possuía o status de Direito Internacional, pelo menos não quando foi emitida. Entretanto, ela se tornou a política oficial do governo britânico, que obrigava a Grã-Bretanha a buscar a fundação de um futuro Estado de Israel e a conceder-lhe o direito de tomar suas próprias decisões. O Reino Unido deu o próximo passo para a fundação do Estado Judeu quando o general Allenby tomou Jerusalém no dia 11 de dezembro de 1917, e depois o restante da Palestina (Israel).

No dia 3 de janeiro de 1919, Chaim Weizmann, que era o líder e o representante da Organização Sionista, por parte do povo judeu, reuniu-se com Emir Feisal, que representava o Reino Árabe de Hedjaz. Incluído no acordo aceito por ambas as partes estava a afirmação de que o povo judeu deveria ficar com a terra a oeste do rio Jordão e que a Cidade Velha de Jerusalém ficaria sob controle judeu.

A Conferência de Paz de Paris começou no dia 18 de janeiro de 1919, e durou cerca de seis meses, nos quais foram tomadas decisões relacionadas a novas fronteiras para partes da Europa e do Oriente Médio e estas receberam força de Lei Internacional. A Conferência foi composta pelas potências aliadas vitoriosas na Primeira Guerra Mundial. Eram as “Quatro Grandes”: Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Itália. Lorde Balfour representava a Grã-Bretanha. Foi durante o verão de 1919 que começou a ser expressada a oposição árabe contra o acordo Feisal-Weizmann. Como resultado, esse aspecto da Conferência foi protelado e nunca mais houve um acordo sobre ele. Não obstante, Balfour divulgou a seguinte declaração no dia 11 de agosto de 1919:

As quatro grandes potências estão compromissadas com o Sionismo. E o Sionismo, seja ele certo ou errado, bom ou mau, está enraizado em tradições seculares, em necessidades presentes, em esperanças futuras de importância muito mais profunda que o desejo e os preconceitos dos 700.000 árabes que agora habitam naquela antiga terra”.[3]

A Conferência de Paz de Paris terminou sem alcançar uma solução final no que se refere ao status da Palestina, muito embora tenha havido muita discussão a respeito do assunto.

A Conferência de San Remo

A eleição prometida para outubro de 1959, para determinar a quem Jerusalém pertenceria, nunca aconteceu. Não há dúvida de que a cidade teria votado em favor de Israel se a eleição tivesse sido realizada.

Uma reunião para tratar especificamente da negociação não terminada da Conferência de Paz de Paris teve início no dia 19 de abril de 1920, em San Remo, na Itália. Essa reunião teve a participação das quatro Potências Aliadas da Primeira Guerra Mundial, que foram representadas pelos primeiros-ministros da Grã-Bretanha (David Lloyd George), da França (Alexandre Millerand) e da Itália (Francesco Nitti), e também pelo embaixador do Japão, K. Matsui. A Resolução de San Remo, adotada aos 25 de abril de 1920, incorporou a Declaração Balfour de 1917, emitida pelo governo britânico. A Resolução de San Remo e o Artigo 22 do Estatuto da Liga das Nações, que foi adotada na Conferência de Paz de Paris aos 28 de abril de 1919, foram os documentos básicos sobre os quais foi elaborado o Mandato Britânico para a administração da Palestina. Foi em San Remo que a Declaração Balfour deixou de ser apenas uma declaração da política externa britânica e tornou-se Direito Internacional.

O Mandato Britânico foi totalmente implementado, após sua aprovação, pelo Conselho da Liga das Nações, no dia 22 de setembro de 1922. No entanto, quando as partes deixaram San Remo em abril de 1919, haviam decidido que o futuro Estado de Israel deveria ser constituído pelo que agora constitui o Reino da Jordânia, bem como por toda a terra a oeste do rio Jordão.

Depois de 22 de setembro de 1922, o que hoje é denominado Reino da Jordânia foi tomado da Palestina e tornou-se uma outra nação árabe. Esse foi o início da tendência que ainda está em vigor atualmente, de que Israel precisa desistir de mais terras a fim de obter a prometida paz. A realidade é que, cada vez que Israel desiste de um pedaço de terra, passa a ter ainda menos paz.

O Mandato

No dia 1º de julho de 1920, a administração militar britânica, que havia controlado a Palestina desde dezembro de 1917, foi substituída por uma administração britânica civil, que cobria toda a Palestina de ambos os lados do rio Jordão, tendo seu quartel-general em Jerusalém. O Mandato instruía a Grã-Bretanha a supervisionar a Palestina com o objetivo de estabelecer uma pátria para o povo judeu na Palestina. Na ocasião da publicação do Mandato, cria-se que não havia judeus suficientes naquela terra para que uma nação fosse estabelecida. Dessa forma, a Grã-Bretanha deveria supervisionar a imigração dos judeus para aquele lugar e, quando houvesse o número suficiente, a Palestina se tornaria a pátria do povo judeu. Todavia, de modo geral, a Grã-Bretanha obstruía o objetivo de desenvolver uma pátria judaica na Palestina.

Como a Liga das Nações foi dissolvida em 1946, a Organização das Nações Unidas (ONU), que havia sido fundada em 1945, começou a tratar da questão da Palestina. A Assembléia Geral da ONU aprovou uma Resolução de Partição (Resolução 181), em 29 de novembro de 1947. Essa resolução da ONU adotou o necessário status legal da Liga das Nações que era preciso para que Israel pudesse declarar sua independência em 14 de maio de 1948. Sob a Resolução 181, o território da Palestina foi dividido, parte da Palestina foi dada aos árabes, e o restante foi dado a Israel, exceto que Jerusalém deveria tornar-se uma cidade internacional. Gauthier diz:

O regime internacional especial para o corpus separatum que deveria ser estabelecido no dia 1º de outubro de 1948, ou antes desse dia, deveria permanecer em vigor por um período de dez anos. No final desse período, “os residentes da Cidade deverão ser (...) livres para expressar, por meio de um referendo, seus desejos quanto a possíveis modificações do regime da Cidade”.[4]

Os árabes rejeitaram a Resolução 181 e atacaram os judeus, o que resultou em um território maior para Israel quando a guerra terminou em 1949. A guerra pela independência de Israel também impediu que Jerusalém se tornasse uma cidade internacional. A eleição prometida para outubro de 1959, para determinar a quem Jerusalém pertenceria, nunca aconteceu. Não há dúvida de que a cidade teria votado em favor de Israel se a eleição tivesse sido realizada. Assim, todos os direitos legais da Cidade Velha de Jerusalém pertencem a Israel e aos judeus.

Conclusão

O trabalho de Gauthier, que pude ler apenas rapidamente, demonstra que tanto o território de Israel quanto a Cidade Velha de Jerusalém pertencem a Israel e aos judeus, com base nos padrões do Direito Internacional.

Quando os comentaristas aparecem na mídia hoje e começam a falar sobre como Israel está violando o Direito Internacional com sua ocupação, eles não têm absolutamente nenhuma fundamentação na verdade. Esses defensores da ocupação árabe do território judeu não têm base legal que os sustente. Entretanto, isso não parece incomodá-los, visto que estão na ilegalidade e muitos esperam, através da jihad (guerra santa), tomar o controle de Israel. A maior parte desses porta-vozes realmente não se importa com a lei, seja internacional ou outra qualquer.

Os fatos são que tanto a Bíblia quanto o Direito Internacional dizem que o território de Israel e o de Jerusalém pertencem ao povo judeu. O fato de que muitos da comunidade internacional conhecem essas informações não significa nada. Atualmente, as nações gentias estão em grande tumulto enquanto clamam cada vez mais pela exterminação da nação e do povo de Israel. Mesmo assim, a mão da providência de Deus restaurou Seu povo à sua terra embora ainda na incredulidade. Vemos aumentarem as atitudes ilegais das nações constantemente à mostra uma vez que elas certamente não crêem na Palavra de Deus, tampouco atentam para as ordenanças claras do Direito Internacional estabelecido pelo homem.

Portanto, será no final, assim como foi no início e durante toda a sua história, que Israel terá que ser salvo pela mão real de Deus, quando Ele interromper a história para salvar Seu povo. O ódio de hoje contra Israel é apenas um aquecimento para o verdadeiro calor da fornalha da Tribulação, da qual Deus redimirá a nação de Israel através da vinda do Messias. Embora a humanidade não reconheça Deus e Sua Lei, mesmo assim Ele a imporá um dia sobre a humanidade.

Notas:

  1. Jacques Paul Gauthier, “Sovereignty Over The Old City of Jerusalem: A Study of the Historical, Religious, Political and Legal Aspects of the Question of the Old City” [A Soberania Sobre a Cidade Velha de Jerusalém: Um Estudo dos Aspectos Histórico, Religioso, Político e Legal da Questão da Cidade Velha], PhD Thesis, University of Geneva International Law School, 2007).
  2. Gauthier, “Sovereignty Over Jerusalem”, p. 848.
  3. Citado em Gauthier, “Sovereignty Over Jerusalem”, p. 356 de Documents on British Foreign Policy, 1919-1939 [Documentos Sobre a Política Externa Britânica de 1919 a 1939], vol. IV, Nº 242, p. 345.
  4. Gauthier, “Sovereignty Over Jerusalem”, pp. 599- 600. A citação de Gauthier é do Artigo D, Parte III da Resolução da Partição.

"É difícil imaginar aonde os governos e as igrejas ocidentais pensam que vão chegar fazendo vista grossa à perseguição de cristãos no mundo islâmico."









Na noite de domingo (9/10/2011), cristãos coptas egípcios organizaram o que era para ser uma vigília pacífica em frente à sede da emissora de TV estatal no Cairo. Os mil manifestantes representavam a antiga comunidade cristã de cerca de 8 milhões de pessoas, cuja presença no Egito precede a dominação islâmica em várias séculos. Eles se reuniram no Cairo para protestar contra os recentes incêndios criminosos de duas igrejas por arruaceiros muçulmanos, e contra a rápida ascensão da violência (com apoio do governo) contra os cristãos por grupos muçulmanos desde a renúncia do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak em fevereiro.

De acordo com fontes coptas, os manifestantes foram cercados por agressores islâmicos, que rapidamente ganharam suporte de forças militares. Entre 19 e 40 cristãos coptas foram mortos por soldados e atacantes muçulmanos. Foram atropelados por veículos militares, espancados, baleados e arrastados pelas ruas do Cairo.

A emissora estatal relatou apenas que três soldados haviam sido mortos. De acordo com a agência Ahram Online, os soldados atacaram os estúdios da emissora de TV al-Hurra na noite de domingo para bloquear a transmissão de informações sobre o ataque militar contra os cristãos coptas.

Ao que parece, a tentativa de controle de informações sobre o que aconteceu funcionou. As notícias na segunda-feira sobre a violência deram poucos sinais da identidade dos mortos ou feridos. É certo que não contaram a história do que realmente aconteceu domingo à noite no Cairo.

Em outro evento, o patriarca católico maronita do Líbano, Bechara Rai, gerou polêmica há duas semanas. Durante uma visita oficial a Paris, Rai alertou o presidente francês Niolas Sarkozy que a queda do regime de Assad na Síria seria um desastre para os cristãos da Síria e de regiões próximas. Hoje a oposição, que tem apoio do Ocidente, é dominada pela Irmandade Islâmica. Rai alertou que a derrubada do presidente Bashar Assad poderia levar a uma guerra civil e ao estabelecimento de um regime islâmico.

Cristãos coptas egípcios exibem pano manchado de sangue após conflito com soldados e a polícia durante protesto no Cairo.

No Iraque, a insurgência patrocinada pelo Irã e pela Síria que se seguiu à derrubada pelos americanos do regime baathista de Saddam Hussein, em 2003, promoveu uma guerra sangrenta contra a população cristã do Iraque. Este mês marca o primeiro aniversário do massacre de 58 fiéis em uma igreja católica em Bagdá. Na década passada havia 800 mil cristãos no Iraque. Hoje, são apenas 150 mil.

Sob o xá do Irã, os cristãos eram mais ou menos livres para praticar sua religião.

Hoje os cristãos iranianos estão sujeitos a caprichos de soberanos muçulmanos, que não conhecem outra lei a não ser a da supremacia islâmica.

O suplício do pastor evangélico Yousef Nadarkhani é um exemplo. Ele foi preso há dois anos, julgado e condenado à morte por apostasia, por se recusar a renegar sua fé cristã. Não existe lei contra a apostasia no Irã, mas isso não importa. O aiatolá Khomeini era contra a apostasia. A lei islâmica também é.

Depois que a história de Nadarkhani foi publicada no Ocidente, os iranianos mudaram de plano.

Agora eles teriam abandonado a acusação de apostasia e sentenciado o pastor à morte por estupro. O fato dele nunca ter sido acusado ou condenado por estupro não tem importância.

Cristãos palestinos, igualmente, têm sofrido sob os líderes eleitos pela população.

Quando a Autoridade Palestina foi estabelecida em 1994, os cristãos eram 80% da população de Belém. Hoje correspondem a menos de 20%.

Desde que o Hamas “libertou” Gaza em 2007, a antiga minoria cristã da região tem sofrido ataques constantes. Com apenas 3 mil membros, a comunidade cristã de Gaza teve igrejas, conventos, livrarias e bibliotecas incendiadas por integrantes do Hamas e seus aliados. Seus membros foram atacados e mortos. Apesar de o Hamas ter prometido a proteção dos cristãos da cidade, ninguém foi preso por violência anticristã.

Da mesma forma que os judeus no mundo islâmico foram expulsos das suas antigas comunidades por governantes árabes com a criação do Estado de Israel em 1948, os cristãos também foram perseguidos e expulsos de suas casas. Regimes populistas islâmicos e árabes usam o supremacismo da religião islâmica e o chauvinismo racial árabe contra cristãos como gritos de guerra para insuflar as multidões para seus propósitos. Esses apelos, por sua vez, levaram à dizimação das populações cristãs no mundo árabe e islâmico.

Bechara Rai, o patriarca católico maronita do Líbano.

Por exemplo, quando o Líbano obteve sua independência da França em 1946, a maioria dos libaneses era cristã. Hoje os cristãos são menos de 30% da população. Na Turquia, a população cristã foi reduzida de 2 milhões no fim da Primeira Guerra Mundial para menos de 100 mil hoje. Na Síria, na época da independência, os cristãos representavam quase metade da população. Hoje 4% dos sírios são cristãos. Na Jordânia, há meio século, 18% da população era cristã. Hoje apenas 2% dos jordanianos são cristãos.

Os cristãos são proibidos de praticar sua religião na Arábia Saudita. No Paquistão, a população cristã está sendo sistematicamente destruída por grupos islâmicos apoiados pelo regime. Incêndios de igrejas, conversões forçadas, estupros, assassinatos, seqüestros e perseguição legal de cristãos paquistaneses se tornaram ocorrências diárias.

Infelizmente, para os cristãos do mundo islâmico, sua causa não está sendo defendida por governos ou igrejas do Ocidente. A França, em vez de impor como condição para seu apoio à oposição síria o compromisso com a liberdade religiosa para todos por parte dos seus líderes, através de seu Ministério das Relações Exteriores reagiu com irritação às advertências de Rai sobre o que provavelmente acontecerá aos cristãos sírios, caso o presidente Bashar Assad e seu regime sejam derrubados. O Ministério das Relações Exteriores da França publicou uma declaração afirmando que estava “surpreso e desapontado” com as declarações de Rai.

O governo de Obama foi menos solidário ainda. Rai está viajando pelos EUA e pela América Latina em uma visita de três semanas a comunidades de imigrantes maronitas. A existência dessas comunidades é conseqüência direta da perseguição árabe e islâmica aos cristãos maronitas do Líbano.

A ida de Rai aos Estados Unidos deveria começar com uma visita a Washington e um encontro com altos funcionários do governo americano, incluindo o presidente Barack Obama. No entanto, após as declarações de Rai em Paris, o governo americano cancelou todas as reuniões marcadas com ele. Ou seja, em vez de considerar os perigos sobre os quais Rai alertou e usar a influência americana para aumentar o poder dos cristãos, curdos e outras minorias em qualquer governo sírio pós-Assad, o governo Obama decidiu boicotá-lo por chamar atenção para o perigo.

Com exceção dos evangélicos, a maioria das igrejas ocidentais está igualmente desinteressada em defender os direitos de co-religiosos no mundo islâmico. A maioria das principais denominações protestantes, da Igreja Anglicana e seus vários ramos dentro e fora dos EUA à Metodista, Batista, Menonita e outras, não fez esforço algum para proteger ou defender os direitos dos cristãos no mundo islâmico.

Em vez disso, na última década, essas igrejas e seus ramos internacionais buscaram repetidas vezes atacar o único país do Oriente Médio em que a população cristã aumentou nos últimos 60 anos: Israel.

Quanto ao Vaticano, nos cinco anos desde que o papa Bento XVI, no seu discurso em Regensburg, lançou um desafio aos muçulmanos para que agissem com bom senso e tolerância ao lidar com outras religiões, abandonou a posição anteriormente adotada. Um diálogo entre iguais se tornou uma súplica ao islã em nome de uma compreensão ecumênica. No ano passado o papa organizou um sínodo sobre os cristãos do Oriente Médio que não mencionou a perseguição anticristã por forças e regimes islâmicos e populistas. Israel, por outro lado, foi o principal alvo de críticas.

A diplomacia do Vaticano se estendeu até o Irã, para onde enviou um representante para participar de uma falsa conferência antiterrorista de Mahmoud Ahmadinejad. Conforme relatou Giulio Meotti para a agência israelense Ynet, enquanto todos os embaixadores da União Européia saíam no meio do discurso de negação do Holocausto de Ahmadinejad na segunda conferência das Nações Unidas em Durban, o embaixador do Vaticano ficou sentado. O Vaticano abraçou líderes da Irmandade Islâmica na Europa e no Oriente Médio.

É difícil imaginar aonde os governos e as igrejas ocidentais pensam que vão chegar fazendo vista grossa à perseguição e dizimação de comunidades cristãs no mundo islâmico. Como mostram os acontecimentos do domingo passado no Egito e os ataques diários de muçulmanos contra cristãos na região, as atitudes do Ocidente não estão aplacando ninguém. Mas fica bastante claro que ele irá colher o que plantou.